segunda-feira, 12 de maio de 2008

Parece que tudo resolve cair, assim, do nada. E as vezes me dá uma vontade incontrolável de virar pra ele e começar a conversar, como se eu nunca tivesse estragado nada, como se eu nunca tivesse me metido; as vezes dá vontade de contar tudo de novo, infinitas vezes, pra ver se assim ele consegue entender tudo que eu sinto, pra ver se assim surge alguma coisa naquele coraçãozinho de pedra, que vou te contar, viu? E ver aquela carinha de tristeza olhando pro nada, sabendo que tudo aquilo tem um motivo, e que de preferência o motivo seja eu; mas por outro lado a última coisa que eu queria era o ver triste, e principalmente por mim. Mas nem tudo na vida é como você quer, é como eu quero, é como ele quer. Se as coisas fossem como minha mãe quisesse, ela estaria hoje com Fábio Junior e já teria conhecido Ayrton Senna. Sim, ele não estaria morto. Se o mundo fosse como minha avó quisesse, eu seria bem feliz e teria um futuro brilhante. Se o mundo fosse como minha tia quisesse, eu teria um futuro brilhante, me livrando logo desse vestibular e tudo mais. Se o mundo fosse como Fernando quisesse, eu não ficaria triste por ele não me querer. Mas se o mundo fosse como eu quisesse, eu estaria ao lado da última pessoa citada, sendo bem feliz e tendo em quem confiar, sabendo que essa pessoa sim, estaria ao meu lado independente de qualquer coisa. Se Deus quiser tudo isso acontecerá - falo de minha avó e de minha tia, já que não dá para os 'sonhos' da minha mãe se realizarem - mas, nem tudo que se quer, se tem, não é mesmo? E eu não vou dizer que não me arrependi, de ter me afastado, de ter chorado tudo aquilo por causa dele, de ter falado tanta besteira, e de no fundo, ter magoado ele. Mas espero que algum dia ele me entenda, aquilo tudo foi para o meu - e inteiramente meu - bem. Não vou falar que hoje em dia sou um poço de felicidade, porque as vezes tem dias - feito hoje - que esse mesmo problema vem me atormentar, mas eu sei que já já ele se vai, e deixará meus sonhos (e nervos) em paz. Um dia tudo isso será recompensando, quem sabe em algum encontro na Rede Globo, quando ambos estiverem formados, e poderem, enfim, trocar palavras como bons - e velhos - amigos de terceiro ano. Ou quem sabe, daqui pra lá, ele não repensa em tudo que disse, em tudo que fez, e volta atrás. Mas uma coisa eu NÃO posso negar, que eu me arrependi, eu me arrependi. E não tenho vergonha disso, por mais que seja sinônimo de fraqueza. Desculpem-me, sou uma fraca. Loser. Porém, apaixonada, o que deixa tudo bem mais difícil de se resolver. Um dia tudo vai dar certo. E que voltemos a conversar. Como meros mortais.