segunda-feira, 12 de julho de 2010

#WorldCup



    A Copa do Mundo 2010 chegou ao fim. Parece até mentira. Por mim, esse mês duraria um ano, todo mundo sabe disso. Mas é assim, a vida continua... Agora, só me resta esquecer todos os dias que eu acordava às 9 horas da manhã já irritada porque tinha perdido meia hora de jogo, todos os dias que eu deixava de sair porque tinha algum jogo importante, o meu desespero para não ficar em recuperação na faculdade por causa da Copa (claro que não só por isso, mas vou contar, teve um peso muito grande, haha)... mentira, não quero esquecer nada disso. Quero lembrar pra sempre, lembrar como o futebol é realmente mágico, como ele une pessoas, como todos tiram um tempo de "férias" para os problemas por causa de um pouco de amor. Eu, no caso, não amo só o meu "amor", por mais estranho que essa frase seja. Tenho um amorzinho, por menor que seja, por todos eles. Cada vez que eu grito gol por um time, me surge uma coisa estranha. Claro que tenho meus preferidos, claro que tenho meu Brasil , que me deu muito desgosto esse ano, minha Alemanha, que me fez chorar por dias - de tristeza e de felicidade! - minha Inglaterra, que não brilhou, e minha Espanha, que hoje posso dizer, É A MELHOR DO MUNDO.

    Quero me lembrar de todos os gritos de gol, de todos os sofrimentos, de todas as vezes que eu tinha trabalho de achar uma roupa que tivesse as cores da bandeira pela qual eu torcia. Afinal, essa foi a primeira Copa que eu REALMENTE irei lembrar de todos os detalhes. Com meus 18 anos, lembro da Copa de 2006, mas só da parte triste, a parte que marcou. Lembro perfeitamente da de 2002, da cena mais bonita da minha vida, Cafu levantando a taça, em um mar de papéis azuis, gritando: "Regina, eu te amo!". A amor declaração de amor de todos os tempos, ninguém pode negar. Da de 98 não lembro de quase nada, só que eu estive na praia por um longo tempo.. Segundo minha mãe, a Seleção veio para o Recife e ela me levou para vê-los. Que no outro dia ela estava morta, porque além do dia ter sido de MUITO sol, tava um aperto infernal e eu NÃO PARAVA DE PULAR. Haha, parece que eu já sabia o que era o bom da vida, certo? Talvez tenha sido nesse momento que eu escolhi o queria falar/fazer pelo resto da vida. Quem sabe?
Quero outra Copa do mundo PRA JÁ! Quero reclamar dos jogadores, dizer que eles são lindos (não podia faltar, haha) e chorar com o choro de muitos (oi, Júlio César, oi Casillas! haha). Quero gritar, quero tocar a vuvuzela - que provavelmente, daqui a 4 anos, não vai se chamar mais assim. Acho que nada traz mais felicidade à um lar do que o tal do futebol. Não é uma paixão nacional, é MUNDIAL, ninguém pode negar.


    Ontem foi o último jogo da Copa do Mundo na África. Dá pra imaginar que o próximo vai ser... No Brasil? Tipo, completamente fora do normal isso. Pelo menos pra mim. Eu realmente não acredito. TANTA COISA PODE ACONTECER. Coisas boas, coisas ruins... Coisas. Um Brasil. Verde, Amarelo, Azul. Dourado, Vermelho, Preto. Juntem essas coisas, vão as cores do meu coração. Quero ver meus jogadores preferidos de perto. Quero gritar e chorar de perto. E... EU VOU PODER FAZER ISSO. E sabe mais? Vou estar formada. Isso é incrivelmente mágico. Eu vou estar formada naquilo que eu amo. E se tudo der certo, fazendo o que amo: FALANDO DE FUTEBOL! Imagina se eu tenho que entrevistar o Nilmar? O Podolski? Não quero pensar nisso. Ainda tenho que aprender alemão.
    É, Brasil... O mundo está vindo. Vai ser a nossa vez de mostrar o que temos de melhor. Será a nossa vez de apresentar ao mundo as cidades mais bonitas do mundo, O MELHOR FUTEBOL DO MUNDO - mas para isso, vamos realmente precisar de 4 anos. Mas vamos conseguir. Vamos fazer uma festa linda. Com muito amor.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Martha Medeiros

"Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".
Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".
Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua
"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca."

tudo vale a pena

A volta pra casa hoje foi mais longa. Sabe quando você fica pensando em tudo que você anda fazendo? Se tudo realmente tem um valor, se foi mera obra ou do acaso ou da sorte? É, parece até que eu tinha acabado de ver o novo filme do Woody Allen, haha. Mas é, foi difícil.
Eu parei pra pensar se realmente valia a pena sofrer assim, por certos comentários. Por certos critérios, crueldades. Talvez quando você sai de casa toda arrumada, você quer receber certos olhares. Sendo esses, bons. Não os do tipo: "Você tá muito arrumada para o ambiente", quando na verdade, você não está! A roupa, tenho certeza, não era a de um casamento, no shopping. Posso garantir. Pra quê então, meu Deus, esse tipo de comentário? Só pode ser pra ferir alguém (mesmo que inconscientemente)
Realmente queria saber se vale a pena viver tudo isso mesmo. Ficar nesse sofrimento, nessa eterna duvida do que fazer. Nesse eterno questionamento.






ps. eu sei que vale a pena. eu quero que valha a pena, certo?