quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Palmeiras e o ditado popular


"O bom filho à casa torna." Parece que esse não é o ditado popular preferido do Palmeiras. Não que duvidem de sua casa,  nem muito menos da sua torcida, mas os melhores resultados do Palmeiras estão sendo conquistados fora. Hoje em Presidente Prudente, contra o lanterna do campeonato, o Palmeiras conseguiu mais uma vitória suada na competição.


A última vez que o Grêmio ganhou no Prudentão foi há 2 meses, e essa vitória tão esperada vai ficar para uma próxima. Em um 1º tempo chato, com os dois times exagerando nos erros, nada parecia dar certo. O Prudente teve 2 grandes chances, sendo uma delas com Marcelo Oliveira, que fez uma linda jogada pela direita, invadiu a área e ficou na cara do gol, mas acabou chutando fraco, facilitando a defesa de Deola, que está substituindo Marcos. A chance alviverde veio aos 35 minutos com uma cabeçada de Kléber, depois de um lançamento de Marcos Assunção, mas o goleiro do Prudente faz uma linda defesa.
Fim de primeiro tempo, 0x0, vaias para ambos. Ninguém empolgava e o segundo tempo não parecia que ia mudar.

Felipão, que vinha tímido, sem se comunicar com o time no começo da partida, resolveu mudar o Palmeiras. Dessa forma, o alviverde passou a pressionar o adversário.e se impor. Na primeira tentativa, nada. Dois minutos depois, Dinei falhou, mas Márcio Araújo estava ali para acertar a aliviar para os palmeirenses. Assim, o Grêmio Prudente continua na lanterna do campeonato.

Essa partida confirma a boa fase do Palmeiras longe do Pacaembu, sua atual casa. Contam com essa sorte para o jogo contra o Flamengo, nesse sábado, no Engenhão e espera-se que não precise perder, para a casa retornar. Tudo que os palmeirenses querem é sorte dentro e fora das suas terras.

domingo, 19 de setembro de 2010

Quando os grandes acordam



Eric Luis Carvalho e Jéssica Maciel



Quando por razões diferentes Bahia e Sport trocaram de treinadores, muita gente desconfiou das chegadas de Márcio Araújo e Geninho. O primeiro, com um currículo que não empolgou o torcedor tricolor. O segundo, um velho conhecido da Ilha do Retiro, mas que talvez não fosse a solução para o momento ruim vivido pelo clube. O que se vê em campo hoje com Bahia e Sport mostra que as escolhas não poderiam ter sido melhores. Os gigantes nordestinos acordaram.

Em Campinas, Bahia e Ponte fizeram um jogo digno do equilíbrio desta Série B, principalmente quando estão em campo fortes candidatos ao acesso. Mas, o Bahia foi mais time, procurou a vitória o tempo todo e este diferencial tricolor passa pelas mãos de Márcio Araújo. Já no Recife, o Sport entrou desequilibrado, deixou o ASA de Arapiraca assustar, mas com acontecimentos polêmicos e principalmente com as mudanças de Geninho, o time conseguiu se ajeitar.

Ao final do jogo em São Paulo, Márcio Araújo falou sobre a partida de forma muito coerente e foi humilde ao dizer que está “apenas” dando continuidade ao trabalho de Renato Gaúcho. Justiça seja feita ao trabalho de Renato, mas o Bahia de Márcio é outro. O Bahia mudou e pra melhor. O time que venceu a Ponte Preta foi um Bahia que foi a frente, sem medo de ser feliz. Como na partida diante da Lusa no Canindé, o Bahia em momento algum temeu atacar o adversário, jogou como grande que é. 

O Sport de Geninho começou levando um susto logo no começo da partida, mas se tornou outro time quando Marcos Tamandaré do ASA foi expulso. Recebeu um cartão amarelo por segurar a bola, aos 10 minutos, e o outro por atrasar a reposição. Resultado: Expulso aos 16 minutos. Bom para o Sport, que percebeu que era a hora de se impor. 7 minutos depois da expulsão, pênalti do goleiro Paulo Musse no atacante Wilson. Marcelinho Paraíba cobra com precisão e abre o placar na Ilha do Retiro.

A bem arrumada Ponte Preta de Jorginho talvez tenha se surpreendido com a forma de jogar do tricolor. Depois do gol pontepretano de Reis, logo no começo do primeiro tempo, o Bahia dominou a partida, favorecido com a expulsão de um jogador da Ponte. No intervalo, Márcio colocou Morais no jogo e o domínio tricolor cresceu ainda mais. E aí entrou em cena, o jogador que vive a sua melhor fase no Bahia, Ávine. Muitas vezes contestado, quase sempre criticado, Ávine voltou a ser aquele garoto que ainda na base era apontado como uma das maiores jóias do tricolor. Com um belo chute de fora da área, o lateral deixou tudo igual. E de uma lateral para outra, Jancarlos, que chegou, assumiu a camisa 2 e se tornou um dos destaques do time, cobrando falta com perfeição, e virando o jogo para o Bahia. Golaço. Gol que colocou o Bahia na ponta da tabela da série B.

O Sport voltou morno no segundo tempo da partida. O ASA voltou a pressionar, causando um frisson nas arquibancadas rubro-negras. Mas o Sport conta com Magrão, que vive uma fase pra ninguém botar defeito. Renato, que fazia sua melhor partida, não parava de correr, colocava o time pra frente. Marcelinho Paraíba, que mesmo sem ser brilhante, foi muito efetivo, pedia paciência para os companheiros. Após uma cobrança de escanteio, bate-rebate na área, a bola sobra pra Igor, que havia acabado de entrar no jogo! Gol do Sport, ponto pra Geninho.

O momento do Bahia é excelente, a meta está traçada, e a união do grupo coroada com o apoio do torcida comprova que o tricolor está no caminho certo. A equipe rubro-negra conseguiu a 11ª partida consecutiva sem sentir o gosto amargo da derrota. Time esse que fugiu da zona de rebaixamento, hoje está há um ponto do G-4. Agora, tricolores e rubro-negros levantam as mãos pro céu e agradecem aos seus técnicos. Dia 25 tem mais, Nordeste. Sport x Bahia, na Ilha do Retiro. Clássico nordestino que vai fazer o Recife tremer. Geninho e Márcio Araújo, tão iguais e tão diferentes, irão se encontrar. Pelo bem do bom futebol nordestino!