quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um troféu como agradecimento

       Nesta quarta-feira, não foi apenas a final da tradicional disputa pelo Troféu Joan Gamper, criado pelo Barcelona, no Camp Nou. Foi também a celebração de uma demonstração de afeto, feita pelo jogador do Milan, Ronaldinho Gaúcho. Ao escrever uma carta aberta à torcida do Barcelona, clube que defendeu de 2003 a 2008, provou que nem tudo no futebol se trata de dinheiro. Provou que se constroem laços em um clube, que tudo se trata de amizade. A propósito, se for analisado dessa forma, faz sentido: impossível surtir efeito um time sem entrosamento. É preciso de companheirismo, ver o clube como sua família.

       Ao entrar no gramado, Ronaldinho foi ovacionado pela torcida. No telão do estádio, uma homenagem: passava seus melhores momentos com a camisa azul-grená. Foi cumprimentado e aplaudido por todos os jogadores e então convidado por Puyol, capitão do time e da atual seleção campeã mundo, para participar da foto oficial. Todos queriam mostrar gratidão por tudo que foi feito pela equipe. Depois de toda a festa, as também estrelas, Villa, Iniesta e Xavi, também foram aplaudidas.
        Aos 2 minutos do segundo tempo, o brasileiro Adriano cruzou para David Villa, que fez o primeiro gol do jogo - e seu primeiro gol com a camisa blaugrana. O Barcelona, que mandava na primeira parte da partida, viu as coisas mudarem. Com Messi em campo, viu o Milan empatar aos 23 minutos, com um golaço de Pippo Inzaghi, de canhota. Ronaldinho Gaúcho, que não estava no seu melhor dia, saiu do campo logo em seguida. Viu o jogo ir para os penâltis. Viu também, Messi, o jovem Bojan e Thiago marcarem e se consagrarem campeões.
       As pessoas que achavam que Ronaldinho sairia triste por não ter conquistado a taça em um dos seus estádios preferidos do mundo, se enganaram. O capitão Puyol resolveu surpreender outra vez, como se tivesse recebido uma mensagem da torcida. Ergueu o troféu e em seguida, entregou-o a Ronaldinho Gaúcho. Este, mais do que nunca, tem motivos para amar esse estádio e, principalmente, essa torcida, que mandou uma resposta à sua carta em forma de troféu. Agradecendo por tudo que ele fez, por tudo que ele sentiu. Uma resposta enviada pelas mãos do capitão. 
        Ronaldinho tem vários motivos para comemorar, já o Milan... Nem tanto

domingo, 22 de agosto de 2010

E deu Inter... de Milão.

A final da Supercopa da Itália entre Inter de Milão e Roma, terminou 3x1 para os interistas, que se consagraram pela 4ª vez, campeões da Supercopa. Mas o que mais chamou a atenção nesta partida não foi o fato do Inter ter levantado a taça mais uma vez, mas sim o "fracasso" dos brasileiros que defendem o Roma. 

A princípio Juan, que foi indispensável para o gol de Pandev. Deu as costas para o adversário e errou o tempo da bola. O Roma, que estava na frente com um gol de Riise, não conseguiu segurar cedendo o empate, e em seguida, à virada. O camaronês Samuel Eto'o - sagrando-se a estrela do jogo -  marcou os outros dois gols da partida,  sendo um deles causado  por uma falha do também brasileiro, Taddei.

Para os que tinham em Adriano, estreante no Roma, a chama da esperança... Nada resolveu funcionar. Entrou aos 18 minutos no lugar de Vucinic. Foi vaiado pela torcida (atualmente) rival. Adriano saiu do Flamengo, depois de ser ídolo,  com 15 kg acima do peso, segundo seu atual clube.  Seria arriscado demais contratar um jogador como ele, que além de estar acima do peso, possui problemas fora do campo, que comprometem seu rendimento?  O Roma provavelmente não aposta nisso. Coragem demais, eu diria. Foi lá, o contratou e não achando pouco, guardou sua "grande" estreia para a final da Supercopa.  O que não fez muito efeito, já que o "Imperador" não teve se quer um motivo para comemorar. Além de perder o título, estava visivelmente sem ritmo de jogo, tendo apenas uma chance de gol. Nada que dificultasse a vida do goleiro Julio César. Nada que pudesse dificultar a conquista do Inter de Milão.


Parece que as coisas não andam muito bem para os jogadores brasileiros no Roma. Que isso seja apenas uma fase!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A estrela Bayern de Munique

Nesta sexta-feira, em Munique, Josué, Cícero e Grafite não tiveram lugar. A estrela que mais brilhou foi a do meia Bastian Schweinsteiger, que mostrou o motivo de ser ídolo tanto do Bayern de Munique, quanto da seleção alemã.
Thomas Müller abriu o placar pra mostrar quem manda na casa, impossibilitando Benaglio de defender. O Bayern durante os 45 minutos iniciais mandou no jogo, mas não conseguiu converter isso em gols. Assim, o Wolfsburg resolveu aparecer. Partindo pro ataque, conseguiram o empate após uma cobrança de escanteio. Dzeko, conhecido como "o atacante que todo time queria ter", subiu mais que os demais e cabeceou precisamente, mostrando qual é o seu forte. A partir daí, ambas as equipes participaram do jogo, buscando a vitória. Mas apenas um clube poderia começar bem o campeonato, e foi nos acréscimos que o Bayern de Munique viu a luz da primeira vitória do Bundesliga surgir. Schweinsteiger surge na área do Wolfsburg e amplia para os donos da casa. Festa bávara. Mostrando que é favorita ao título mais uma vez, por mais que esse só seja o começo do campeonato.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

E por falar em torcida...

  Todo mundo tá cansado de saber que o Internacional - Porto Alegre é campeão de tudo. Que precisou viver o difícil pra chegar até onde chegou. Que sofreu ontem, mas fez bonito. Por isso é o mais novo (bi) campeão da América. Pintou a América de vermelho!

   Não é tirando o mérito da equipe, mas quem mais merece todas essas vitórias - principalmente a de ontem - é a torcida. Fazem por merecer todas as estrelas que tem. Por terem uma sincronia perfeita, por não pararem de gritar, por não pararem de motivar, por não pararem até de... sofrer. Gritos de guerra sem palavrões, sem ofensas. Cantam por raça, por amor.
Podem dizer que cada torcida tem sua magia, não vou discordar. Mas também devem dar aos colorados o que devidamente merecem. São do tamanho do seu time: GIGANTES! Merecem as taças, as estrelas, a passagem pra Abu Dhabi. Merecem a equipe que tem.
Pouquíssimos torcedores vão poder ver o Mundial, ver seu time possivelmente jogar contra o Internazionale de Milão. Eles estavam mais do que certos em fazer aquela festa toda ontem, não estavam? Aquela era a festa da Libertadores. A festa do Mundial. A festa do Brasil-Colorado (gremistas que me desculpem, mas essa é a verdade!). A festa de Leandro Damião, Giuliano e Rafael Sóbis. De Celso Roth. De todos aqueles que estavam em campo, no banco, nas arquibancas ou em casa. A festa foi do Brasil, do Internacional, de todos que torcem por um bom futebol. Mas ainda querem um exemplo de raça? Tem nome: Tinga. Que mostrou que não importa entrar em campo com a cabeça enfaixada ou com o calção que tem um número distinto da camisa. Ele mostrou que vale dar até o sangue por um objetivo, mas só se o sangue for Vermelho e se espalhar no Branco, pra mostrar o tom Colorado que todo mundo quer ver.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

a imagem do homem, pra mim.

Uma hora a mais no trânsito me fez refletir. Não gostei disso. Percebi como sinto falta de uma figura "homem" na minha vida. Não estou desmerecendo meu namorado, óbvio, só que é uma coisa diferente... A figura homem de um... amigo. um amigo - já que meu namorado também é um.
A falta de ter com quem contar, de ter com quem falar baboseira, baixaria e não ser recriminada por ser menina. Esse assunto voltou a tona várias vezes durante a volta para casa hoje, portanto, algumas lágrimas quase caíram. Sabe, é a falta de um abraço forte. Homens não pensam que nem mulheres; mulheres mentem pra te levantar, homens não... te dão um tapa pra você aprender. Preciso disso. Preciso muito disso.
Sempre achei que tinha algo muito forte na minha vida, que é o amor pelo futebol. Eu me empenho tanto nisso, às vezes, não nego, até pra esquecer os problemas, que vivo esquecendo certas coisas - como, por exemplo, os sentimentos pelas pessoas.
Pensando no que vou fazer da minha vida, me questionei sobre para quem eu iria ligar se eu desse com a cara no muro (outra vez). Pensei em 3 AMIGOS, mas não sei se seriam os certos. Queria ao menos ter certeza que vou levar certas pessoas comigo até o fim da vida. Amigos acima de tudo, sabe? Acabou o colégio, a faculdade, uns estagiam em um jornal, outros dão plantão, entram num compromisso, entram em outro, casam, tem filhos, mudam de emprego e... um sempre vai ter o outro ali, nem que seja através de um telefone. Nem que exista um oceano entre vocês... pelo menos você sabe que tem com quem contar. Queria ter certeza disso, por tudo que nós vivemos, por tudo que nós enfrentamos, por tudo que nós... sentimos.
Mas acredito que só o tempo poderá nos dizer isso.