quinta-feira, 29 de outubro de 2009

This is the end but baby don't cry


Hoje era pra ser um dia legal. Assim, bem descontraído. Tudo porque amanhã seria o grande dia. O dia que eu tanto esperei. Eu iria ver aqueles meninos que durante algum tempo eram indiferentes na minha vida, mas que em menos de 1 mês se tornaram tão indispensáveis quanto as coisas mais importantes e valiosas que eu tenho. Era um sonho, estava tudo muito bem organizado, tudo muito bem planejado. Aeroporto, hotel, show e talvez até rolasse um camarim. Tudo iria acontecer, até que na noite de ontem eu descubro que eles chegariam de madrugada. Não, claro que eu não ia de madrugada pro aeroporto. Mas o que me restava? Dormir em paz e esperar pela tão sonhada sexta-feira, porque eu ainda tinha meu "passaporte" para o hotel.
Uma noite boa, devo dizer. Mas devo acrescentar que acordei com uma mensagem às 5 da manhã da Izabella "Eles já chegaram né? É AMANHÃ, YEY!". E juro, se não tivesse sido ela, eu teria jogado o celular na parede. Levanto feliz e satisfeita depois de mais algumas horas de sono e me deparo com sinais. Sim, sinais. "Ainda estamos na praia" "Querido, ligue pros meninos! Houve outra modificação no horário do voo", e coisas do tipo. Mas na minha cabeça, tava tudo certo.

E foi aí que eu me enganei.

Fui pra faculdade toda feliz, com os olhos brilhando, afinal, seria amanhã que eu ia encontrar o Bruno, seria amanhã que eu ia ser a pessoa mais feliz desse país por poder colocar uma pulseira nele e mostrar a Izabella que tudo havia dado certo, que agora sim, ele era um de nós e nós éramos parte dele.

Mas nem tudo é tão bom quanto parece ser.

Na aula eu comentava da minha duvida com as roupas, dos meus testes de sorriso, do nome do álbum, de como eu ia ligar pra Bells, de como eu ia gravar um video pra ela e de como o Bruno ia tirar uma foto - que eu tanto planejava. Mas foi aí, exatamente aí, que o celular tocou.

Uma mensagem recebida: 
thiago filipe - show cancelado :\ 

Pra falar a verdade, eu realmente achei que era brincadeira. Mas convenhamos, seria uma brincadeira de muito mal gosto. E ele não faria isso. Não, não ele. Saí da sala e liguei e a única coisa que ele fez foi confirmar. E eu só fiz chorar - e pedir pra Ana pegar o outro celular.
Tudo que eu precisava era ouvir aquela voz que ultimamente tem me animado, que tem me erguido quando eu mais preciso e que tem se mostrado presente. Eu só pensava em duas pessoas. Nas pessoas pela qual eu fiz de tudo. De tudo para que esse sonho deixasse de ser um "sonho".
Ouvir a voz da Izabella doeu demais, mas me acalmou em dobro. Eu só queria um abraço, só isso. E ela aqui, pra passarmos por isso tudo juntas. Mas é a vida, se alguém tinha que sofrer, ainda bem que fui eu.

Chegar em casa foi o pior de tudo. Entrar no quarto e ver a roupa separada. Ver os ingressos no Mural de fotos junto com as fotos do Bruno... Lembrar que não ia mais tê-lo por perto foi um tanto quanto triste, e eu não conseguia parar de chorar. Não, eu não era capaz. Eu tinha que mostrar pro mundo que eu fiz de tudo pra ter ele por perto, que eu merecia, que eu sentia uma proximidade muito grande, mas durante um minuto... tudo perdeu o sentido. E o pior: o mundo SABIA disso. Menos eu.
Doeu, doeu demais. Mas pelo visto, as lágrimas não secaram.
Se for necessário chorar de novo, sempre vai ter um estoque, SEMPRE. Nunca vai ser demais. Só não queria me sentir fraca, só não queria me abater.

Mas tudo parecia tão perfeito... Ia ser tudo tão mágico...

Vai ver foi por isso. Essa coisa de magia nunca funciona comigo.