domingo, 15 de junho de 2008

O fim do ano vai chegar, e eu tenho medo, muito medo. Não, não é do vestibular. Tenho medo dos meus amigos, vai acabar a convivência, o afeto, mas espero que nunca a amizade. Mas sabe, só de pensar que todos (assim espero) vão estar na faculdade, cada um na sua área, todos separados, chega me dói o coração. Há poucos anos atrás eu sabia que o ano acabaria, mas eu sabia principalmente que teria outro igualzinha ali na frente, com as mesmas pessoas de sempre, as mesmas bagunças, as mesmas conversas, os mesmos amigos. Mas e esse ano? O máximo que eu posso ter na minha sala são 2, isso se todos forem para a mesma faculdade. Isso me dói mesmo o coração, eu não brinco quando falo isso. É coisa de costume, sabe? Eu não acredito que não vão existir mais as ignorancias, as conversas, os bilhetinhos. Não com essa frenquência, e não com essa vontade, afinal, nós vamos crescer e se Deus quiser, aparecer. Eu tenho meu sonho, de trabalhar em uma grande empresa, ser uma grande jornalista e saber que meus amigos estão se dando bem na vida. Queria nas minhas horas de descanso (que serão poucas, imagino) atender ao telefone e ouvir a voz de Bruna, e saber que está tudo bem; queria saber como Matheus vai com sua tremenda ignorância e se ele vai estar indo bem no seu ramo de administração; como Nathalya, Mário, Paulo, Rennan, Bel e Fernando estão e um dia, poder encontrá-los por aí, a gente poderia sair pra conversar, tomar um café ou até ir para alguma festa. Vamos estar adultos, independentes. Vamos estar nos sutentando, cada um com sua respectiva família, vivendo pelo seu melhor. E um dia, quem sabe, a gente poderia conversar, e rir daqueles nossos melhores dias como terceiroanistas, daquela quadrilha que foi uma bagunça, daquela festa de São João que alguns deram trabalho, daquela viagem que marcou, daquela formatura, enfim, daquele ano que ninguém jamais vai esquecer. Eu confio nisso, confio mesmo. E ainda digo mais, eu confio neles.