sábado, 9 de outubro de 2010

duas nacionalidades, sentimentos distintos


    Existem pessoas que não nasceram para respeitar as outras. Vaiar, por mais que seja uma coisa extremamente comum no futebol, é um gesto de má-educação. Mas quem nunca fez? Quem nunca vaiou o time adversário, àquele jogador que só faz cair ou o árbitro que está "roubando"?. Normal, todos os torcedores, amantes do futebol, já fizeram isso pelo menos uma vez. na vida. E isso aconteceu hoje, quando a Alemanha vencia a Turquia pelas eliminatórias da EuroCopa de 2012.

   O alvo de todos os xingamentos do dia foi o meia Mesut Özil, ex-Werder Bremen, atualmente no Real Madrid. Isso tudo pelo simples fato dele ter dupla nacionalidade e ter escolhido a Alemanha, lugar onde nasceu, para defender. O que é tão normal quanto ser vaiado. Nesse momento, parando pra pensar, me veio logo dois jogadores na cabeça: Lukas Podolski, polonês; e Cacau, brasileiro. Nem por isso, as torcidas vaiam esses jogadores. Na verdade, os torcedores deveriam se orgulhar, pois a maioria desses atletas não teriam a chance de brilhar (como brilham) se continuassem em seus países de origem - como Deco do Fluminense, que defende a seleção de Portugal. 
   Chegaram a falar que o meio do Real Madrid havia se vendido para a Alemanha por causa da sua tradição. Comentários como esses nos fazem acreditar que asvaias que vieram da arquibancada não afetaram o jogador. Ele não parecia abalado, pois tinha certeza de que fazia a coisa certa, que foi ali que o receberam bem e que era ali que ele iria continuar. No lugar onde nasceu, no lugar que lhe acolheu. A recompensa? Futebol. Özil conseguiu retribuir à Alemanha com o PEQUENO detalhe que todo o mundo deseja ter. Enquanto isso, nós brasileiros, esperamos por um jogador assim... Que não precise ser vaiado, mas que tenha a força de vontade, a raça e o futebol que esse menino alemão tem.
  

  Para piorar a situação da Turquia e para a loucura dos turcos, Özil marcou o segundo gol da partida, deixando para Miroslav Klose a consagração da partida (inteiramente) ALEMÃ. Özil ali quem a Turquia havia perdido. Mostrou que não tem vaias, xingamentos ou gritos no mundo que façam a verdade ser dita, ou melhor, jogada. Porque aquele foi o melhor a ser feito. Aquele é o Mesut Özil que a Alemanha conhece tão bem. Aquele é o Mesut Özil que a Espanha está conhecendo. Aquele é, de fato, o Mesut Özil, de 21 anos, que o mundo conheceu e idolatrou na Copa do Mundo 2010. E sabem o melhor de tudo? Os turcos ainda vão vaiar muito, pois ele ainda tem muito para mostrar. PELA ALEMANHA.