domingo, 23 de maio de 2010

travel.doc



Acordei com risadas. Minha tia e minha mãe estavam falando da nossa última viagem e de como seria maravilhoso passar outro domingo em Montmartre. De como aquela praça dos pintores era perfeita e de como minha mãe conseguiu chamar uma esfinge (fantasiada, obviamente) de pirâmide. E ai, que falta eu sinto. Seis meses se passaram e vira-e-mexe me deparo com esse sentimento de saudade.
A partir daí você percebe como é necessário viajar. Quando você tá cheio de tudo aquilo: casa, faculdade, trabalho, qualquer coisa. Tudo que você mais quer é respirar outros ares, ver gente nova e bonita. Eu, no caso, preciso ver/ouvir pessoas se comunicando em outra(s) língua(s). As vezes até acho que é pedir demais, mas se você olhar pelo ângulo certo, cada um pode querer o que quiser. O que não é poder, claro.
Gostar de outras línguas não significa entender, nem muito menos ter facilidade para aprender - isso passa bem longe de mim, pelo que me parece - visto que a única (outra) língua que eu sei, me dá um trabalho muito grande, graças a minha vergonha.
Eu gosto mesmo é de viajar e imaginar o que os outros tão falando. Com o inglês não é assim. Você encontra pessoas falando em qualquer lugar, e entente bastante coisa, se tem um conhecimento básico. O francês não é assim. Nem o italiano. Muito menos o alemão. Eu gosto mesmo é de imaginar o que as pessoas tão falando, sem nem ter noção do que se trata. Minha mãe acha que eu sou doida. Eu me acho genial - por isso.
Eu quero ter muitas experiências assim. Eu quero conhecer mais mil lugares, e voltar à minha Paris mais mil vezes, se for o suficiente. Se não for, que volte mais duas mil. E assim por diante.
Quero conhecer gente nova, que falem línguas completamente distintas à minha. Quero costumes diferentes. Quero lugares mais bonitos, sempre.

É, e tem gente que ainda não entendeu o que eu tô fazendo no curso de jornalismo.