quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

i'll miss you, best.

Eu tô passando por um momento bem conturbado. Início de ano é sempre um problema. Promessas, promessas, promessas. Saídas, férias (oi, a minha só acaba em agosto), falta de dinheiro, aniversário na família, falta de dinheiro, pretenções de viagens, falta de dinheiro e blablabla. Jéssica fica louca, fato. (e pelo amor de Deus, tem quem não fique?) É amigo chegando, é amigo indo embora, é mãe reclamando, cachorro ficando doente, e AH! NÃO AGUENTO MAIS. O problema desse começo de 2009 foi quando meu melhor amigo resolveu se enfiar no Canadá. Aaaaaai que idéia de girico. E eu, acostumada a não sentir quando meus amigos resolviam viajar... Foi tipo: uma facada. Meses antes eu conseguia camuflar bem meu desespero, ninguém nem percebia. O segredo? Evitar o assunto. Mas enfim, chegou o último mês. Eram ligações o tempo inteiro. Pra falar de papéis autenticados, cópia de num-sei-o-quê, cópia de num-sei-quê-lá. Idas ao shopping pra comprar casacos, luvas, toucas e cachecóis. Cada término de conversa era um choro diferente. Difícil era entender como controlar isso. Quer uma situação pior? Quando você (no caso, eu), fica encarregada de convidar as pessoas para a despedida, encarregada de resolver TUDO. Isso vai de saber quantas peças de roupa ele vai levar, até ouvir a cartinha que ele vai deixar pra ex-namorada. Ai, ai, vida cruel. Nota mental: Nunca seja melhor amiga de ninguém, isso mata neurônios. (afinal, o que não mata?) Nota mental [2]: Mentira, não tem nada melhor do que ter um melhor amigo, ignorem total o comentário acima. Foram dias cansativos, perdidos e digamos que... tristes. Dias que tudo que eu mais queria era ficar em casa, lendo, lendo e lendo. Mas que eu tinha que acordar cedo e me enfiar em lojas 'fofinhas' pra encontrar uma bendita almofada em forma estrela, graças a um belo significado que ela tinha (e têm) para nós. E adivinha? Nada de estrela. "COMO ASSIM NÃO TEM UMA ESTRELA DE PELÚCIA?", era isso que eu pensava a cada "Não" que eu levava. Falando nisso... e no dia da bandeira do Brasil? AAAAH... não gosto nem de lembrar. Fiquei pra matar a primeira pessoa que me aparecesse na frente ¬¬' Como em um shopping, rotulado de "maior da América Latina" (papo furado) não se vende UMA MÍSERA (E LINDA) BANDEIRA DO BRASIL? Foi de me tirar do sério. Mas tá, esse final foi diferente, eu graças a Deus (e a São Longuinho) achei a bandeira. E como dizem...tudo fica bem, quando acaba bem! (ahn? isso não tem nada a ver com o que eu queria dizer, mas whatever...) Chegou o dia da despedida e ah, foi tipo o "apocalipse now" pra mim. Mentira, esse dia foi o que veio em seguida, mas ok. Nota mental [3]: uma das coisas mais tristes que eu já vi na vida, foi ver meu melhor amigo chorar. Foi de partir o coração. E de me fazer chorar também, óbvio (não que seja muito difícil conseguir isso). Despedidas são horríveis, fato. Nunca tinha ido pra nenhuma, e espero nunca mais ir. Espero que dê pra perceber que eu realmente não quero escrever sobre isso. Aeroporto? Agora sim: APOCALIPSE NOW.
Choro, choro, choro, choro. Pra todos os lados tinham lágrimas, fato mais do que comprovado. Mas o intuito de escrever tudo isso, era falar da saudade que eu tô sentindo dele, e que eu realmente não esperava que fosse assim, tão forte. Eu realmente choro quase todos os dias. E quando as lágrimas literalmente não saem, pode ter certeza que por dentro tem alguma coisa que tá me consumindo, nem que seja por uma parte da tarde, ou da noite. Eu sempre me sinto mal. E sim, isso é horrível. Eu sei que sentir saudades e me preocupar com notícias é algo bem normal, mas vou admitir, isso é algo bem desgastante. Mas por incrível que pareça, eu quero continuar com isso, juro. Só não quero ficar mal, como eu tenho ficado esses dias... Eu sei que ele tá lá, curtindo a vida adoidado (como eu mesma pedi) e exatamente por isso, eu não deveria me preocupar. Mas sabe como é, né? Best que é Best, se preocupa. Dá vontade de abraçar, apertar, saber de tudo, ouvir a voz e ver aquele sorriso lindo todos os dias... pena que pra isso tudo acontecer novamente, vai demorar alguns meses. Mas chega, não chega? Então tá tudo bem. E pobre de mim, que afirmava sentir saudade das pessoas, hoje eu percebo que na verdade eu sentia apenas falta delas. Algo bem diferente de Saudade. Para sentí-la, precisa entender o real significado, não da palavra, mas do sentimento. Tantos significados, tantos momentos. Tanto... Amor. Tudo isso numa palavra tão simples e ao mesmo tempo, complexa. Saudade. Indico a todas as pessoas que realmente amam alguém, e que sentem necessidade de terem elas por perto. ;)