sexta-feira, 4 de abril de 2008

The Beatles, anos 60, revolução.


De ti surgiram as mais bonitas músicas que embalaram belíssimos amores, de ti surgiram vidas, legiões de fãs, uma época, rumo à décadas e décadas. Não falo como quatro pessoas que formaram uma banda, mas como uma coisa só, afinal, o que seria sem as batidas do Ringo, os embalos e choros da guitarra do George e das belas vozes e letras de John e Paul? Por isso merece ser falados como um conjunto, o legendário: The Beatles. Assuntos que geram polêmicas até hoje, de como fizeram tanto sucesso até porque a banda tão querida acabou. Triste pensar assim. Eu, no auge dos meus 16 anos, vivendo na dita 'melhor época', daria tudo para ter conhecido eles, visto eles, sentido eles pelo menos uma vez na vida. Em dias de crise uma única pergunta me atormenta: 'Se você tivesse o dom de ressuscitar alguém, quem você ressucitaria?' 'John Lennon e George Harrison, conhece?'. Pois é, está aí a explicação para TUDO. Uns com tantos, outros com nada. Dias atrás eu me deparei com um musical dos grandiosos heróis e claro, óbvio e evidente que eu fui ver. Foi uma emoção só, choro pra cá e choro pra lá. Convenhamos, a história em si deixa muito a desejar, mas tem coisa melhor do que entrar em uma sala de cinema sabendo que ali, naquele ambiente você vai poder voltar ao tempo? Era nessas horas que eu queria ser aquele casal de velhinhos que entraram no cinema, junto comigo. Imagine reviver tudo aquilo, as músicas da época, o movimento hippie, seus ídolos, sua revolução e mais tudo que o filme mostra - ok, não vou contar muita coisa, muita gente vai querer assistir -, cara, seria a melhor sensação do mundo. Queria primeiramente aplaudir Jim Sturgess, por cantar tão perfeitamente, Girl, All you need is love, Revolution, entre outras. O cara mandou ver, com o perdão dos termos informais; mas todos sabem perfeitamente que não é nem um pouco fácil regravar músicas que na sua versão original tem Paul McCartney ou John Lennon, ou ambos. Puts, muito lindo. Ele consegue tocar as pessoas com sua voz tão doce, cara Jim, você está de parabéns. Mas sim, creio eu que pessoas que assitiram o filme só por assistir - creio que poucas - não gostaram, afinal, como já comentei, a história deixa muito a desejar, se torna clichê DEMAIS. Mas, nada como conhecer profundamente a vida dos garotos de Liverpool, não? Perceber que Jude, Lucy, Prudence, Max e Sadie não são apenas nomes de pessoas, mas sim pessoas que aparecem em músicas, exemplo? Lucy in the sky with diamonds, Hey Jude e Dear Prudence. Incrível como um filme consegue mostrar a Revolução de 60, o psicodelismo do Mr. Kite - que por mim, aquela cena nunca sairía dali, demonstrou toda a fase 'louca' da sociedade, mas cada qual com seu qual...-, o amor, a amizade entre Max e Jude, que pra mim representava a amizade do John e do Paul, a 'guerra' de Detroit, e mais alguns poréns :B Mas, contudo, porém e todavia, aquele filme é para matar QUALQUER PESSOA. Isso mesmo. Qualquer ser vivo. Qualquer um que respire. All You Need Is Love. Sim, John, nós sabemos disso, mas sério, precisavam fazer uma música dessa? Pra me matar? Sim, precisavam. E quem me dera ter vocês aqui, vivendo na minha época, visto QUE viver na de vocês seria bem mais difícil, já que tinha todas aquelas revoluções que me deixam doidinhas, but anyway, o Paul está aqui, e o Ringo também, mas não, não estou satisfeita, queria os 4, um só, meus heróis, The Beatles. Creio que esse filme agradaria com certeza vocês, já que cau no gosto do Paul e da Yoko (urgh), queria saber como o Ringo estar, queria saber onde ele está; só sei que ele está cansado de ser conhecido como ex-beatle, como se ele não tivesse feito mais nada na vida, e segundo ele, na sua lápide vão pôr, 'aqui jaz um ex-beatle', mas pra mim, sinceramente, seria 'Aqui jaz o melhor baterista dos tempos passados, presentes e futuros, Ringo Starr, only one Star.' Pois é Ringo, aí se você não tivesse brigado com o Paul, aí se o Paul não tivesse brigado com o John, aí se o John não tivesse conhecido a Yoko, vai ver se tudo isso tudo não tivesse acontecido, vocês todos estariam aqui, e um fã não teria matado o John, MEU John. Só assim o Paul não teria escrito Here Today e feito milhões de fãs chorarem, feito eu. Feito uma criança, feito um bebê. Em busca de um chão, de um ombro, de um amigo. Aí como vocês fazem falta, como vocês me fazem falta, como fazem falta para o mundo da música. Eu viveria por vocês, se estivessem aqui. E como diria o grande baterista, 'Até que a morte nos separe'.

Eternamente...

'
But as for me, I still remember how it was before. And I am holding back the tears no more. I Love You'